domingo, 27 de setembro de 2009

sábado, 26 de setembro de 2009

“COTIDIÁRIOS – DIÁRIOS DOS POSSÌVEIS”- A Aula como “acontecimento”


Uma turma , uma proposta de trabalho e muita expectativa de ambas as partes : estudantes- professor@s e professoras- estudantes. Tudo aparentemente simples... Simples? Vamos à proposta:

“Perguntar de forma coletiva ao texto lido” , questioná-lo , virá-lo pelo avesso tentando comprender suas veredas, seu movimento de construção, sua articulação com a “escola nossa de todo dia”.

É possível “aprenderensinar” desse jeito ? A prof. Luciana existe, a sua turma é real ? É possível contruir o sucesso na eterna produção do fracassso das crianças das classe populares ? É possível construir uma escola que reconheça crianças e professora(s) como produtoras de conhecimentos ? Uma escola pautada na “dúvida como metodo ?” Uma escola pautada na alegria de conhecer ?

Vamos novamente à proposta:

Provocar o grupo a interrogar o texto lido , prescrutá-lo , identificando em seu movimento “questões de aprofundamento”, “questões de adensamento” ... Como transformar a sala de aula no espaço de circulação de conhecimentos, de circulação de poderes , de implicação, co-responsabilidade e de afetos? A Escola da Luciana existe, é real ?

É possível “aprenderensinar” o conhecimento de si , do outro , do mundo quando a escola é vista como o “lugar da falta”, e da impossibilidade ...

Vamos à proposta:

Inquirir o texto, lê-lo com “olhos de estranhamento” e vontade de se deixar levar por ele, pelo seu rumor, pelo seus desfiladeiros: O texto como pretexto. O texto como um convite a uma leitura a contrapelo da escola “oficial”, da escola narrada, vivenciada (apenas) pelo lugar de sua imposssibilidade... Ora, é possível esta escola ? Ela é produção inventiva ou /e produção normativa dos “currículos oficiais?”

Ela é apenas uma outra produção discursiva ? Vamos ao texto ...

Ora, sabemos que ser professo@ é sempre um processo de (re)invenção: Não há uma essência ou uma natureza docente. Construímos o nosso ethos professoral/profissional em inúmeras dimensões formativas, transitando tanto no “mundo da vida”, quanto no “mundo da escola”... Como assim ? Relembremos , vamos pensar um pouco no Inventário de nossos processos formativos... lá no curso Normal , nas Graduações , nas Pós-Graduações , nos Mestrados e Doutorados (inclusive nos Pós-doutorados )... O que nos passa ? O que nos atravessa ? Quais as práticas e os discursos hegemônicos que apreendemos, e que de uma forma ideológica vamos reproduzindo de uma maneira quase”natural” ... É possível recuperar , atualizar o momento que nos vemos reinventando/superando/recriando estes discursos dentro da gente? Dialogando com Antonio Nóvoa, somo provocados a pensar que , com base em suas pesquisas ( e tantas outras realizadas pelo GRUPALFA), mesmo em todo o processo de racionalização e uniformização da formação docente ( da “oficial” ), cada um de nós continuou a produzir, no mais íntimo, a sua maneira de ser professor@. Na construção de nossa prática pedagógica e política, desenvolvemos habilidades pessoais tais como a capacidade de improvisação, os macetes, os gestos , os estilos , o nosso jeito de ser professor@... Na melhor tradição “abelardiana” buscamos um devir professoral que nos permita “seduzir” (epistemologicamente, claro !!) os nossos parceiros, sejam estes crianças , jovens e/ou adultos... Se a escola, se a educação em seu sentido ampliado implica em “atrair para” , somos fadados a tentar atrí-los , e aí, meus camaradas , Não é mole, não !!!! O jogo da sedução epistêmica é irrepetível , cada professor@ ,constróe o seu , dentro de um conjunto de variáveis sempre em mutação( pessoais , históricas, políticas, geográficas, geracionais , discursivas, subjetivas, culturais ...).

E então , que perguntas fazemos ao texto para além daquilo que aparentemente ele não disse , ele não formulou ?

Fica uma proposta/desafio de antigas professor@s: Retomá-lo , ( ele, o texto ) auscutá-lo em seus movimentos de pensamento , tendo o fazer docente de vocês ( a escola, a sala de aula de cada um@) como parâmetro de tensionamento... Retomar a pergunta que “não se calou”... É possível uma escola assim, uma sala de aula ASSIM , como a da prof. Luciana , ou isto é apenas uma HETEROTOPIA , como nos provoca Foucault ?

Cotidiários, turma da Pós – Grupalfa em 20 de setembro de 2009

Maria Tereza Goudard Tavares/ Tereza Goudard

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Grandes histórias e enfim, nomes

Caras colegas de curso,
A partir da solicitação da professora Carmen, apesar destas palavras constituirem apenas uma brincadeira em que me diverti ao fazer, segue a poesia em homenagem a esta linda turma:

Curiosas histórias e enfim, nomes

Como nós, Carla e Paula,
filhas dos homens,
já que a escolha,
ficou a seus sabores.
Tantos acontecimentos
Inusitados fatos
Rasuras em documentos
Que são feitos e refeitos
Como Laísa
E Débora,
Não mais Ondina.
Aí também se vão
Memórias e até uma canção
Na melodia da Telma
E na Aparecida que não nega,
mas, prefere Débora.
Tem mulheres,
Que todas com a mesma inicial
Abrilhantam uma vogal
Como as irmãs,
Elaine, Eliete e a nossa colega Elisete!
Mulheres homenageadas,
Não exatamente a Pêra
A famosa Marília,
Mas, de uma personagem querida,
Nasce Milena,
Igualmente rainha.
Durante a vida,
Doce descoberta,
Alegria que consome,
Como a Gláucia, que feliz
Encontra poesia
No próprio nome.
Descobertas na força,
Não só do nome,
Mas, do sobrenome
Que ganham marca e satisfação,
Como a Beth que é Carrão,
A Viviane que é Gulão,
E como a Priscila
Que agora contente,
É Nepomuceno, felizmente.
Também tem aquele sobrenome
Que brilha dourado,
Não só na pele, mas no talento,
Da minha chará Bronzeado.
Curioso também é quando
Ao prestigiar uma rua
Um pai, passando por Vila Isabel,
Determina:”Vai ser Maxwel!”
E por falar nestes rapazes...
Tem o Zé que via neste nome,
Uma quase humilhação,
Mas agora, percebe graça
Além da praticidade,
Pois Zé é Zé,
Não importa a idade!
E o Eduardo que é Mistura,
Ora Edu, ora Duda,
Já não sabe mais como é chamado,
Assim ele pensa, não jura...
Escutei ainda,
Histórias de madrinha,
Que com forte opinião,
Ajudaram a dar sugestão.
Seja na Ane Helen,
Pois era madrinha,
mas só de Consagração,
ou no toque leve,
que se daria com Lúcia,
ao escolhido Carmen, até então.
Uma moça com olhos azuis
A mãe estava a contemplar,
Por isso escolheu Marla,
Pois crescendo em seu ventre,
A bela criança,
Poderia àquela moça, se igualar.
Se não me engano,
Se não me falha,
como quase sempre, a memória...
...pronto! Já não me lembro mais
como foi que nasceu o nome da Glória,
nem o da Ju Gomes, nem o da Ju Borges,
nem mesmo, o da ju Saboya,
mas peço desculpas, sem demora
às donas das histórias
das quais não consigo me recordar.
E não foram as que não ficaram,
Porque não significaram
E sim porque meus olhos
Não puderam focar,
Haja visto a alegria
Daquele primeiro dia..
A todos eu queria muito ouvir,
De todos eu queria muito imaginar,
Como se fossem histórias de curtas-metragens
Que com meus sentidos
Eu podia,com euforia, apreciar!

Carla Alves Essinger

domingo, 20 de setembro de 2009

MESA DE LANÇAMENTO

Dia 24/09/2209 na UERJ/ FFP em São Gonçalo será lançado o livro Memórias e patrimônio: Experiências em formação de professores, com os palestrantes: Nilda Alves (UERJ) e Walter Filé (UFRR).

domingo, 13 de setembro de 2009

Nome do blog

Amigas(os), como ninguém sugeriu o nome (nossa identidade),para o nosso nosso blog, tive que colocar um.
O nome parece óbvio, mas pensei nas histórias que ouvi no nosso primeiro encontro, onde muitas (os) falaram de suas experiências em ficar com turmas de alfabetização. Sempre as turmas que não tinham professores, turmas com alunos com "problemas de aprendizagem", professores(as) novos (as), que por uma questão de "hierarquia temporal" eram os últimos a escolher... e adivinha? Turmas de alfabetização!
Então pensei:UFFALBETIZAR, UFF!!! Como um suspiro de medo, desespero, insegurança e tantos outros sentimentos. Entramos talvez não por desejo ou vontade de estar ali para ALFABETIZAR... Mas agora, não queremos mais sair.
Que bom que ainda existem pessoas como nós, que inconformadas (os) com o fracasso escolar das crianças de classes populares procuramos aprender, trocar e compartilhar conhecimentos e os problemas que vivemos no cotidiano de nossas salas de aula.
Como a Carmen Perez falou na maravilhosa aula que tivemos sábado, a alfabetização é um conceito em movimento, e cabe a cada uma (um) de nós, começarmos a semear, para que possamos com os frutos, colhermos mudanças.

Um abraço
Carla Bronzeado